sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Conselho do FGTS eleva valor de imóvel do Minha Casa Minha Vida


Limite máximo, para SP, RJ e DF, passou de R$ 170 mil para R$ 190 mil.
Juro, para quem ganha entre R$ 3,2 mil e R$ 5 mil, caiu para 7,16% ao ano.

O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) decidiu, nesta quinta-feira (4), corrigir os valores dos imóveis que podem fazer parte do Minha Casa Minha Vida - programa habitacional do governo com subsídios para população de baixa renda -, segundo o ministro do Trabalho, Brizola Neto, que também é presidente do conselho.

"A gente está ampliando as possibilidades de acesso ao projeto e reajustando os valores praticados. Todas as faixas foram reajustadas. Queremos fomentar as políticas sociais que o fundo promove, garantindo perenidade dos programas. Este é o maior programa habitacional em escala mundial. Este setor é um vetor do desenvolvimento nacional", afirmou Brizola Neto a jornalistas.

Segundo ele, está preservada a saúde e a perenidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. "O trabalhador é remunerado, no FGTS, em TR mais 3% ao ano. Os recursos do trabalhador estão garantidos", declarou.

"As medidas são importantes para impedir a redução no ritmo da construção civil, pois informações do agente operador Caixa demonstram um recente decréscimo no número de lançamentos imobiliários", informou o ministro.

Valor máximo do imóvel
Segundo ele, o valor máximo do imóvel do Minha Casa Minha Vida para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 170 mil para R$ 190 mil. Para cidades com mais de um milhão de habitantes e demais capitais do país, o valor máximo do imóvel subiu de R$ 150 mil para R$ 170 mil.

Para cidades entre 250 mil e 1 milhão de pessoas, o valor máximo do imóvel financiado subiu de R$ 130 mil para R$ 145 mil. Municípios com população entre 50 mil e 250 mil pessoas tiveram o valor máximo do imóvel aumentado de R$ 100 mil para R$ 115 mil. Para as demais cidades, o valor do imóvel subiu de R$ 80 mil para R$ 90 mil.

O valor dos imóveis foi atualizado em 13% calculado com base no reajuste do INCC de agosto, informou o Ministério do Trabalho. Segundo o ministro Brizola Neto, a mudança tem como objetivo adequar aliar os empréstimos do FGTS à política de redução de juros.

Subsídio
Além de corrigir o valor dos imóveis inseridos no Minha Casa Minha Vida, o Conselho Curador do FGTS também reajustou o valor dos subsídios a fundo perdido, concedidos a quem ganha menos (até R$ 1,6 mil de renda mensal), segundo Brizola Neto. Neste caso, o valor do subsídio passou de R$ 23 mil para R$ 25 mil.

Já o subsídio para quem utiliza recursos do FGTS para reduzir a taxa de juros cobrada passou de R$ 13 mil para R$ 16 mil. O governo lembrou que os subsídios são concedidos para quem ganha até R$ 3.275. Os valores dos subsídios para quem ganha entre R$ 1,6 mil e R$ 3.275 serão regulamentados posteriormente, informou o governo.

Faixas de renda
O ministro do Trabalho informou que também foram corrigidas as faixas intermediárias de renda do Minha Casa Minha Vida. A faixa 1 não foi alterada. Deste modo, permanece sendo para quem ganha até R$ 1,6 mil. A faixa 2 de renda, que antes variava de R$ 1,6 mil a R$ 3,1 mil, passou a ser até R$ 3.275.  A faixa 3 de renda passou a ser de R$ 3.275 a até R$ 5 mil. Com base nas faixas de renda, são calculados os subsídios. Quem ganha menos, tem subsídio maior.

Taxa de juros
O Conselho Curador do FGTS, segundo informou o ministro do Trabalho, também decidiu nesta quinta-feira baixar os juros da faixa 3 de renda, ou seja, para quem ganha entre R$ 3.275 e R$ 5 mil. Neste caso, a taxa de juros, que antes era de 8,17% ao ano, passou para 7,16% ao ano.

As outras faixas não tiveram juros alterados. Assim, permanecem em 5% ao ano para a faixa 1 (quem ganha até R$ 1,6 mil). Para quem ganha entre R$ 1,6 mil e R$ 2.455, ficou também em 5% ao ano. Para as pessoas que têm renda de R$ 2.455 e R$ 3.275, os juros são de 6% ao ano.

"Foram beneficiadas também com a redução de juros as famílias com renda entre R$ 2.325,01 e 2.455,00, cuja taxa cai de 6% para 5%, e renda entre R$ 3.100,01 e R$ 3.275,00, que caiu para 6% ao ano com a atualização aprovada hoje", acrescentou o

Ministério do Trabalho.
Nas transações no âmbito do FGTS, a renda familiar pode chegar a R$ 5.4 mil. Porém, a taxa permanece em 8,16% para rendas superiores a R$ 5 mil, acrescentou o governo federal.

Fonte: Alexandro Martello
Do G1, em Brasília.



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Banco Central vê espaço para maior fatia de crédito imobiliário no PIB


A combinação de demanda crescente por imóveis e oferta em alta deve fazer com que o crédito imobiliário aumente a participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos anos, afirmou um representante do Banco Central, no último dia 20.

“Com o crescimento demográfico, a população vai continuar demandando imóveis”, disse o chefe adjunto do Departamento de Normas do BC, Júlio César Paranatinga Carneiro. “Não vai continuar no mesmo ritmo que vimos recentemente, mas é inevitável que aumente a participação (no PIB).”

Os financiamentos imobiliários respondem atualmente por pouco mais de 5 por cento do PIB do país.

“É uma participação pequena, em relação a países desenvolvidos, com potencial para crescimento… não podemos mais continuar com 5 por cento, é uma questão de tempo, a menos que haja alguma mudança no cenário econômico”, acrescentou, durante seminário promovido pela associação que representa o setor no país, Abecip.

Em relação aos preços de imóveis, Carneiro assinalou que, embora elevados, os valores vêm passando por uma correção, após um “período de estagnação de preço”. Ele descartou a existência de uma “bolha” no mercado imobiliário brasileiro. “Temos ‘funding’ suficiente para crédito imobiliário”, acrescentou.

Os recursos da poupança correspondem a 57,5 por cento dos recursos destinados a financiamento de imóveis. Carneiro ressaltou, entretanto, a necessidade de se desenvolver indicadores para avaliar os preços de imóveis.

“Nunca se pensou em índice de preços de imóveis… agora, com aumento da participação no PIB, começou a haver preocupação”, disse.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) vem estudando o desenvolvimento de um índice para medir as variações de preços de imóveis residenciais, sob recomendação do BC.

Fonte CRECI-PB

Representantes da CBIC e da CAIXA debatem ajustes do MCMV


O presidente de Governo da CAIXA, José Urbano, e outros representantes do banco participaram no último dia 27, de uma reunião com empresários e representantes de organizações associadas à CBIC para dar prosseguimento a uma série de diálogos que vem sendo desenvolvidos nos últimos meses em torno de aprimoramentos ao Programa Minha Casa, Minha Vida.


Na sua apresentação o presidente de Governo da CAIXA anunciou que o banco deve alcançar, no próximo mês de outubro, a marca de 2 milhões de unidades já contratadas no MCMV I e II e de 1 milhão de unidades entregues. José Urbano antecipou também a implementação de um novo e moderno sistema de operação que deve dar maior agilidade ao processo de concessão e gestão de crédito imobiliário pelo banco.

Os representantes das diferentes organizações representadas na reunião tiveram a oportunidade de debater sobre obstáculos que o MCMV ainda enfrenta e como supera-los.

Fonte CRECI-PB